MOMENTOS SIGNIFICATIVOS

O mês de agosto foi marcado por grandes acontecimentos. Participamos do grande encontro na UFBA, Salvador, no período de 03 a 08/08/2009, que foi bastante significativo. Proporcionou-nos momentos de reflexão sobre o desempenho de nossos trabalhos de formação continuada - GESTAR II, com os professores cursistas de Língua Portuguesa e Matemática, durante este ano.

No decorrer das atividades tivemos oportunidades de envolver-nos em seminários para discutir e posteriormente apresentar as conclusões sobre diversos temas que irão subsidiar a nossa prática pedagógica na realização das oficinas.

Durante todo o trabalho tivemos a orientação da formadora da UNB, Profa. Isabel que com muita competência e dinamismo mediou o desenvolvimento de todo o processo, fazendo interferências que muito contribuiram para a ampliação de nossos conhecimentos.

Dando continuidade aos trabalhos, no dia 07 de agosto, tivemos um encontro com os técnicos da SUDEB/SUPAV/CODES/IAT, vinculados à Secretaria da Educação do Estado da Bahia, quando recebemos orientações sobre a elaboração de currículo e as práticas avaliativas em sala de aula. Discutiu-se ainda sobre a possibilidade da utilização dos vídeos educativos com os alunos, vez que as escolas foram contempladas com a TV pendrive.

De volta à DIREC, tivemos muitos trabalhos. Estudamos ( eu juntamente com as formadoras de Língua Portuguesa e Matemática), analisamos o conteúdo a ser trabalhado, pesquisamos sobre o assunto e ainda selecionamos e organizamos os materiais para as oficinas de projetos e dos TP, tanto de Língua Portuguesa, como de Matemática que aconteria posteriormente.

Participamos apoiando a DIREC, da Conferência Territorial de Educação, que envolveram três Diretorias Regionais de Educação. Foi um evento de grande importância, pois os envolvidos tiveram a oportunidade de discutir e elaborar propostas, visando efetivas mudanças nas diretrizes educacionais.

Finalmente na data prevista aconteceram as oficinas. Acompanhei ativamente tanto a de Língua Portuguesa como a de Matemática. Foram muito produtivas, os cursistas demonstraram entusiasmo, participaram ativamente, as formadoras foram muito dinâmicas, seguras no desempenho das atividades e conforme as avaliações recebidas no final das mesmas, demonstraram-se bastante satisfeitos por terem adquirido conhecimentos novos, deixando que percebéssemos que havia correspondido as suas expectativas. Em Língua Portuguesa os cursistas viram como trabalhar com gêneros textuais utilizando-se de diferentes suportes, (sem antes terem percebido), a diferença entre charge e cartum, dentre outras coisas. No decorrer da oficina os cursistas fizeram questionamentos que levaram a formadora sentir a necessidade de abordar intertextualidade e tipologia textual, o que veio a contribuiu bastante para uma melhor compreensão do assunto. No final dos trabalhos, houve pela formadora a sugestão da leitura doss livros Produção textual, Análise de Gêneros e Compreensão de Marchuschi e Ler e Compreender - os sentidos do texto de Ingendore Villaça Koch.

A oficina de Matemática também foi muito interessante, a turma trabalhou a utilização da Matemática na alimentação. Para se fazer isso a sugestão foi o trabalho com currículo em rede, explorando por meio de textos os conteúdos razão e proporção. Foi sugerido também a elaboração de um mapa conceitual, construído de acordo com o conteúdo desenvolvido.

As oficinas de Projeto foram muito dinâmicas e despertou o interesse de todos. Acompanhei os trabalhos das formadoras não só durante a preparação, com o estudo do conteúdo: etapas de um projeto do livro Pedagogia de Projetos de Nilbo Nogueira e a organização do material, como também durante a realização das oficinas na sistematização dos trabalhos. Houve um momento bastante significativo quando os cursistas discutiram a respeito dos vários problemas comuns às escolas e a apreensão de como fazer para resolvê-los.

Ainda durante este mês preparamo-nos para o trabalho de " Dinamizando o Currículo", pois tivemos que assumir o papel de sistematizadoras, com turmas de professores do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Foi muito importante, trabalhamos avaliação interna e externa, ressaltando os aspectos da Prova Brasil e ENEM. Para nós foi de grande valia, embora tenha sido exaustivo, aconteceram momentos bastante gratificantes na troca de experiências significativas com os professores participantes.

Foi um período muito cheio de atividades, estivemos sempre realizando um trabalho em grupo, uma apoiando a outra no que fosse possível. Entretanto não podemos nos esquecer de que tivemos também de realizar várias tarefas burocráticas, como administrar recursos financeiros, atualizar fichas cadastro de cursitas e outros, a fim de atender a equipe da coordenação estadual.

Embora bastante atarefadas estamos satifeitas, com o sentimento de missão cumprida e com a certeza de que as oportunidades de crescimento foram muitas.

INÍCIO OFICINAS

No dia 30 de julho do corrente ano, tivemos a oportunidade de vivenciar momentos significativos com o início das oficinas de Língua Portuguesa – GESTAR II.

Ao fazer a abertura, apresentei as boas-vindas a todos e fiz um breve relato sobre o desenvolvimento do programa e as responsabilidades a serem assumidas por cada um dos envolvidos.

O encontro teve a participação do Diretor e da Coordenadora da 24ª Diretoria Regional de Educação, Prof. Jorge Adilson e Anaide Fernandes, que teceram comentários sobre a importância desta formação, traçando também uma linha de tempo do referido programa nesta DIREC. Eles também enfatizaram a relação entre o aumento dos índices do IDEB e o trabalho das escolas onde o GESTAR esteve presente.

A oficina transcorreu num clima de muito entusiasmo e harmonia quando todos tiveram a preocupação de participar ativamente.

A formadora desempenhou suas funções com segurança e muita habilidade, fazendo com que os cursistas se sentissem motivados, demonstrando-se bastante interessados, o que pudemos constatar pelos registros feitos na avaliação no final da oficina.

Ao final, foi possível constatar que os objetivos foram alcançados.

Momentos de Reflexão

Durante a capacitação dos Formadores do Programa GESTAR II, promovida pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, através do Instituto Anísio Teixeira, no período 02 a 06/03/2009, tivemos a oportunidade de conhecer as ações articuladas que possibilitarão o desenvolvimento do referido programa em 2009.
Tivemos o primeiro momento na Escola Parque. Reunidos tanto os participantes da rede estadual como da rede municipal, a Equipe da Coordenação Central/BA expôs alguns slides sobre o funcionamento do programa na Bahia e na oportunidade apresentou as representantes do MEC na Bahia e da UNB, bem como os especialistas da UNB que vieram ministrar as oficinas de formação. Já neste momento surgiram reflexões sobre o ato de formar professores numa dimensão criadora e participativa, em que todos são responsáveis pelo crescimento pessoal e profissional, valorizando as experiências vividas, em sintonia com a incorporação de nossas tecnologias ao processos de ensino e aprendizagem.
As demais atividades foram desenvolvidas no Instituto Anísio Teixeira. Após a especialista ter constatado que os formadores estaduais já vinham trabalhando com o programa, entrou-se em acordo e fez-se um replanejamento com o objetivo de que o trabalho se tornasse mais significativo e dinâmico. Foi feita uma análise dos AAA 3,4,5. Foram momentos que considero bastante proveitosos, pois além de termos oportunidade de conhecer o material, pudemos sugerir atividades e levantar questionamentos sobre alguns aspectos.
Houve também um trabalho de interação com os formadores da rede municipal, o que nos oportunizou perceber que a estrutura não era a mesma do estado. Fato que nos deixou apreensivos, pois observamos que a qualidade do GESTAR, está justamente na formatação que define as diretrizes a serem seguidas. Temos consciência de que é importante trabalhar a psicopedagogia, uma duração mais longa para disponiblizar um tempo maior para melhor preparação do formador e do cursista.
Aconteceram também dinâmicas com o grupo de Matemática, quando foi questionado a utilização das terminologias inerentes aos professores da área bem como instrucionais e a seguir houve a exibição do filme “Narradores de Javé”. Excelente para uma reflexão sobre a importância da linguagem para nossa vida.Assim, percebemos que os resultados das ações desenvolvidas durante o encontro, pela mediadora, revelaram competência para dirimir dúvidas, segurança e dinamismo que deverão ser mantidos e multiplicados numa relação de parceria em prol da educação.

Experiências Significativas

Durante os primeiros anos de minha vida escolar vivenciei momentos que não me deixaram boas recordações. A rigidez e a intransigência de minha professora não deixavam os alunos se sentirem à vontade, atrapalhando dessa forma a aprendizagem.
Nesse período destinado à alfabetização, encontrei suporte no meu pai que através da técnica de soletração, utilizando-se de cartilhas antigas, ensinou-me a ler e a escrever com muito zelo e dedicação. Com ele aprendi interessantes cantigas de roda, brincadeiras variadas e também a apreciar muitas histórias (de contos de fadas, folclórica). Nesses momentos sentia-me bastante entusiasmada e viajava pelos envolventes enredos tão bem narrados.
Naquela época, a leitura não era valorizada pelos professores. O que predominava era a memorização do conteúdo constante nos livros didáticos adotados. Não havia preocupação em desenvolver a compreensão na leitura, mas só em juntar letras e formar palavras. Até tínhamos um livro específico para leitura, mas os textos eram totalmente descontextualizados.
Diante de tudo isso, ainda fui privilegiada por ter tido meu pai como grande incentivador para leitura dos mais diversos livros, todos de autores consagrados como José de Alencar, Machado de Assis, Graciliano Ramos, dentre muitos outros. Mesmo ainda adolescente, “perdia” horas degustando cada capítulo, vivenciando cada trecho narrada.
Hoje, observo que os adolescentes não gostam de ler, talvez uma consequência dos “valores” que são cultivados na sociedade atual, fato que dificulta a aquisição das competências linguísticas. Quando leem, fazem por obrigação, a fim de atender a solicitação dos vestibulares.
Considerando-se que a leitura é deficiente, o escrever também será. As produções geralmente não tem sentido e também são feitas para atender a uma imposição da escola, pois caso contrário não conseguem os conceitos necessários para aprovação.
Infelizmente, as escolas não formam leitores, não despertam o prazer para leitura e muito menos o gosto pela escrita. Os estudantes são fadados a valorizarem apenas os recursos midiáticos, perdendo todo o encantamento que é vivenciado quando se mergulha na leitura de um bom e fascinante livro.